Dos jingles ao TikTok꞉ a evolução do storytelling na publicidade.
Se existe algo que nunca mudou na publicidade é a força de uma boa história. O storytelling sempre foi o coração pulsante das marcas. O que muda, o tempo todo, são os formatos, as linguagens e os canais. E entender essa evolução, do rádio ao TikTok, é essencial para quem quer continuar sendo relevante num mundo em constante transformação. Lá atrás, na era de ouro do rádio e da TV aberta, os jingles reinavam absolutos. Bastavam alguns segundos de uma melodia bem pensada para fixar a marca na mente (e no coração) das pessoas. Era simples, direto e eficaz. O jingle condensava o posicionamento da marca com um apelo emocional quase instantâneo, e funcionava. Quem nunca cantou um bordão publicitário sem nem perceber? Com o tempo, a publicidade televisiva começou a flertar com o cinema. Vieram os comerciais com roteiros mais elaborados, personagens, começo, meio e fim. A publicidade entendeu que podia emocionar, contar histórias que criassem identificação, gerar empatia real. Era o storytelling cinematográfico ganhando espaço e os consumidores, cada vez mais exigentes, passaram a esperar algo além da venda꞉ queriam conexão. A chegada da internet mudou tudo. Fragmentou a audiência, acelerou o consumo de conteúdo e reduziu drasticamente o tempo de atenção. O storytelling precisou se reinventar. Já não bastava uma história bem contada; era preciso contar várias versões dela, adaptadas a diferentes canais e contextos. O desafio virou modularizar a narrativa sem perder a essência, algo que exige estratégia, criatividade e uma visão muito clara da identidade da marca. E então veio o TikTok. De repente, estamos em uma era onde o storytelling acontece em 15 segundos, com humor, espontaneidade e, muitas vezes, com a participação ativa da audiência. É o storytelling cocriado, nativo da plataforma, nascido do comportamento e não de um script fechado. Isso exige uma criatividade ágil, leve, conectada com os códigos culturais do agora. E mais꞉ exige verdade. Porque no fim das contas, o que realmente permanece, independente do canal ou do formato, é a capacidade de uma história emocionar e engajar. E isso continua sendo algo profundamente humano. Na Ovvia, acreditamos que storytelling não é sobre contar histórias bonitas, mas sobre construir narrativas que tenham alma, consistência e propósito. É isso que transforma marcas em memórias. E memórias, em movimento.
O impacto da IA no marketing꞉ ameaça ou aliada da criatividade?
A inteligência artificial já não é mais um conceito futurista reservado aos filmes de ficção científica ou às mesas de inovação das big techs. Ela está aqui, no nosso dia a dia, nas entregas da agência, nos fluxos de trabalho dos nossos clientes e, principalmente, nas decisões estratégicas que envolvem dados e criatividade. Do operacional ao estratégicoCostumo dizer que a IA é como um bom assistente꞉ eficiente, incansável e rápido. Ela organiza, otimiza, automatiza. Libera o time do operacional repetitivo para que possamos fazer o que realmente importa ‑ pensar, criar, imaginar. Quando bem usada, ela não rouba espaço da criatividade; ela nos devolve tempo para exercê‑la com mais profundidade. Criatividade com base em dadosCom o apoio da IA, conseguimos entender melhor os comportamentos, preferências e emoções das audiências. Isso não significa limitar ideias, e sim direcioná‑las com mais precisão. Campanhas se tornam mais relevantes porque têm dados como base, mas ainda têm propósito e originalidade como norte. O fator humano é insubstituívelAinda assim, nenhuma inteligência artificial consegue replicar o que há de mais humano em uma boa ideia꞉ o arrepio, a identificação, a surpresa. A IA não tem memória afetiva, repertório subjetivo ou intuição. Ela pode sugerir, mas não sentir. Pode combinar palavras, mas não emocionar como uma frase que nasce da alma de quem vive a comunicação. E então, IA substitui a criatividade?Definitivamente, não. A IA é uma aliada ‑ poderosa, sem dúvida ‑ mas que precisa da mão firme (e sensível) de quem entende de branding, de comportamento e de narrativa. Na Ovvia, acreditamos que a tecnologia deve caminhar com a sensibilidade. E que a criatividade, quando bem guiada por dados e insights, tem ainda mais impacto. Porque no fim, o que move marcas não são apenas algoritmos. São histórias que tocam. E isso, ainda é coisa de gente.
5 movimentos que estão redesenhando a comunicação de marca em 2025.
A comunicação de marca vive uma nova era em 2025. Mais do que transmitir mensagens, as marcas agora precisam gerar conexões reais, posicionar‑se com autenticidade e agir com responsabilidade. Separamos cinco movimentos que estão moldando esse novo cenário꞉ 1. Humanização das marcas Em um mundo hiperconectado, as marcas são cobradas a se comportarem como pessoas꞉ com empatia, transparência e escuta ativa. A comunicação se torna mais conversacional e menos institucional. 2. Comunicação guiada por dados A análise de dados permite entender melhor o comportamento e os desejos do público, possibilitando personalização em escala e tomadas de decisão mais assertivas, com conteúdo sob medida para cada audiência. 3. Conteúdo com valor de verdade Consumidores estão mais exigentes e conscientes. As marcas que se destacam são aquelas que oferecem conteúdo relevante, informativo, inspirador ou educativo, e não apenas promocional. 4. Coautoria com a audiência A era da comunicação unilateral ficou para trás. Em 2025, campanhas ganham força com a participação ativa do público, seja por meio de conteúdo gerado por usuários, interações em tempo real ou comunidades de marca. 5. Sustentabilidade e impacto positivo como protagonismo Não basta parecer consciente. As marcas precisam demonstrar, na prática, seu compromisso com o meio ambiente e com causas sociais, integrando esses valores à comunicação de forma verdadeira.